Em Belém, Iphan coordena remoção de proa de navio do século XIX descoberta em obra
Em Belém, Iphan coordena remoção de proa de navio do século XIX descoberta em obra

Foto: Embarcação encontrada será exposta ao público após restauração. Foto: Cristina Vasconcelos/Iphan.

A peça histórica possui cerca de 22m de comprimento e passará por restauro

Assessoria De Comunicação Iphan - comunicacao@iphan.gov.br - 02/02/2025 19:04:05 | Foto: Embarcação encontrada será exposta ao público após restauração. Foto: Cristina Vasconcelos/Iphan.

A proa de um navio do século XIX,encontrada em agosto de 2024 durante as obras de construção do Parque Linear da Doca, em Belém (PA), foi removida na última sexta-feira (17/01) para estudo e restauração. O resgate do achado arqueológico, coordenado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e pela Secretaria de Estado de Obras Públicas do Pará (Seop), está sendo realizado em três etapas, com retirada de uma parte da peçaem cada uma delas. As duas primeiras etapas foram concluídas com sucesso, e a terceira e última está prevista para esta semana.

Após a conclusão da remoção, o Iphan supervisionará a conservação e a restauração, que serão executadas por uma equipe contratada pelo governo estadual. Esse trabalho será realizado em um laboratório provisório, montado no estacionamento de uma universidade particular, onde a proa está sendo acondicionada.

A peça, com dimensões de aproximadamente 22m de comprimento, 7m de largura e 2,25m de profundidade, tem passado por uma complexa operação de remoção ao longo de cinco meses. O trabalho envolve uma equipe multidisciplinar composta por 15 profissionais — incluindo arqueólogos, arquitetos, conservadores e técnicos — além de mais de 30 pessoas que atuaram no transporte dos fragmentos do local de escavação para a área do laboratório. A operação está sob responsabilidade da empresa encarregada pela construção do Parque Linear da Doca, localizado no trecho inicial da Avenida Visconde de Sousa Franco.

Foto: Cristina Vasconcelos/Iphan.

Foto: Cristina Vasconcelos/Iphan.

“A remoção exigiu a elaboração de um plano de salvamento arqueológico com metodologia específica para escavação, conservação e restauração. Há um cuidado rigoroso tanto nas ações de escavação quanto na movimentação dos artefatos, com planejamento e alinhamento entre todas as partes envolvidas na operação”, destacou o arqueólogo do Iphan Augusto Miranda.

O Iphan acompanha de perto todo o processo, oferecendo fiscalização, orientação e suporte técnico aos pesquisadores e à empresa responsável, assegurando a máxima preservação da peça. Após conclusão do restauro e dos estudos, está prevista uma exposição dos artefatos no Porto Futuro 2, novo espaço de lazer em construção na área portuária de Belém.

Os estudos iniciais indicam que a peça arqueológica pertence a uma embarcação de ferro, possivelmente ligada ao antigo Igarapé das Almas, e remonta ao comércio fluvial do século XIX na capital paraense. “A proa representa uma oportunidade única para investigar os aspectos navais, a navegação na Amazônia e a ocupação histórica de Belém”, enfatizou o arqueólogo Augusto Miranda.

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